O epidemiologista estadunidense Eric Feigl-Ding se manifestou através das redes sociais, na noite desta sexta-feira (17), sobre a preocupação que a ida de Jair Bolsonaro à assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na próxima semana, tem gerado em autoridades dos Estados Unidos.
O tradicional evento da ONU acontecerá na cidade de Nova York, que exige comprovante de vacinação contra a Covid para acesso a locais fechados, como é o caso do prédio da entidade onde ocorrerá a assembleia. Bolsonaro, entretanto, não tomou a vacina e insiste em não tomá-la.
Apesar da cidade de Nova York e o próprio governo dos EUA exigirem a vacinação, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, informou que entidade não pode exigir a vacina de chefes de Estado. Também lembrou que o edifício da instituição é considerado território internacional.
Em uma sequência de postagens, o epidemiologista Feigl-Ding repercutiu preocupação de autoridades estadunidenses diante da ida de Bolsonaro ao país exposta em reportagem da CBS News.
"O presidente não vacinado do Brasil Jair Bolsonaro está planejando desafiar a exigência do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, de vacina para entrada em locais fechados. A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, está preocupada com a possibilidade do evento da ONU ser 'superdisseminador'", diz o cientista no início de sua sequência de publicações.
Em outra postagem, Feigl-Ding defendeu que o governo dos EUA repense se deve admitir a entrada de Bolsonaro no país. "Os EUA deveriam repensar se devem admitir a entrada de Bolsonaro nos EUA se ele deliberadamente expressar que pretende violar a lei! Se alguém mais tentar entrar nos Estados Unidos e declarar previamente seus planos de violar as leis americanas, não acho que seria admitido. E é um perigo público", disparou.
Confira.