Democrata, o presidente dos EUA, Joe Biden, deixou de lado as divergências ideológicas com Jair Bolsonaro (Sem partido) - ídolo confesso do republicano Donald Trump - para tentar frear a ofensiva tecnológica da China, principal oponente no cenário internacional.
A ofensiva do governo Biden foi lançada nesta quinta-feira (5) com a visita do Conselheiro de Segurança Nacional (CSN) da Casa Branca, Jake Sullivan, que foi recebido sem máscara por Bolsonaro no Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira (5).
Sullivan teria oferecido a Bolsonaro uma vaga na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar capitaneada pelos EUA que atua em grande parte promovendo guerras no Oriente Médio e em países do leste europeu.
Em troca, Biden quer que Bolsonaro vete a participação da gigante de tecnologia chinesa Huawei no mercado 5G no Brasil.
Após encontro com Bolsonaro, o assessor de Biden se reuniu com o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), que confirmou nas redes sociais a tratativa em torno do 5G.
"Produtiva reunião com o Cons. de Segurança Nacional, @JakeSullivan46. Tratamos prioritariamente de #5G. Trabalharemos conjuntamente para desenvolver soluções de Open RAN. Foi apresentado panorama do mercado global de fornecimento de chips para equipamentos de telecomunicações", tuitou Faria.
A agenda de Sullivan seguiu no Ministério da Defesa, onde o conselheiro estadunidense foi recebido pelo ministro Walter Braga Netto para costurar mais detalhes do acordo.
"O encontro veio reforçar o entendimento pela cooperação e o intercâmbio de experiências entre os dois países. Na pauta da reunião, foram discutidos temas de interesse mútuo nas esferas de segurança e defesa", diz o Ministério da Defesa.
Participou ainda do encontro o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência.
"O assistente do @POTUS Biden para Assuntos de Segurança Nacional, @JakeSullivan46, junto com @USAmbBR Koneff, conversaram hj com @gen_heleno sb várias formas de como Brasil e EUA podem #trabalharjuntos p/ serem uma força para o bem e em apoio à democracia em todos os lugares", publicou no Twitter a Embaixada dos EUA no Brasil.