Oposição da Colômbia denuncia laços do uribismo com assassinos do presidente do Haiti

"Parte das empresas que cuidam do voto da Colômbia são as mesmas que contrataram mercenários para matar o presidente do Haiti", denunciou Gustavo Petro

Foto: Parlamento EuropeuCréditos: Foto: Parlamento Europeu
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O senador Gustavo Petro, principal nome da oposição da Colômbia, denunciou na quarta-feira (11) que a empresa estadunidense CTU Security - acusada de contratar os mercenários para assassinar o presidente do Haiti, Jovenel Moise - participou da apuração do plebiscito sobre os acordos de paz e tem vínculos com "círculos uribistas de Miami".

"São os contratantes do software das eleições [...] Ou seja, parte das empresas que cuidam do voto da Colômbia, através do software - supostamente a transparência do voto - são as mesmas empresas que contrataram os mercenarios para matar o presidente do Haiti", disse Petro no Senado.

"O que isso significa para Colombia, para a democracia, para a segurança? Porque a segurança integral tem a ver com o exercício da democracia", completou.

Uribismo

Na sequência, o senador destacou que há vínculos dessa empresa com o uribismo, movimento político ligado ao ex-presidente Álvaro Uribe que tem o atual presidente Iván Duque como um de seus expoentes. "Os contratados favoritos do Cartório Nacional eram uma família de Miami com vínculos com os círculos uribistas que, articulados com grupos de narcotráfico, acabam em uma operação narcotraficante matando o presidente do Haiti", disse.

"As empresas que cuidavam do plebiscito da paz eram essas e seus donos de Miami. Em um círculo de extrema-direita, que faziam parte de círculos do uribismo. De lá estão chegando essas informações", completou.

Petro tem compartilhado em suas redes vídeos que mostram a proximidade de Iván Duque com figuras ligadas à empresa que teria mandado matar Moise.

O senador do Colômbia Humana é o favorito para as eleições presidenciais de 2022. Pesquisa Invamer mostra Duque em primeiro lugar com 30% das intenções de voto, mais que o dobro do segundo colocado, Sergio Fajardo.

Haiti

Moise foi assassinado em sua residência oficial no dia 7 de julho. Ariel Henry comanda o país como primeiro-ministro até a realização de eleições, que serão celebradas em novembro.

Com informações do RT

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