De acordo com um estudo publicado nesta terça-feira (20), a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Jannssen (braço farmacêutico da Johnson & Johnson) é menos eficaz contra as variantes delta e lambda do que contra a cepa original do vírus.
Dessa maneira, o estudo indica que, talvez, as pessoas que foram imunizadas com a Janssen precisem de uma segunda dose ou de uma combinação com imunizantes de mRNA fabricadas pela Pfizer/BioNTech ou a Moderna.
Todavia, o referido estudo vai de encontro as pesquisas feitas pela Johnson & Johnson que foram publicados no começo deste ano e que sugerem a eficácia da vacina mesmo oito meses depois de aplicada.
Além disso, o novo estudo, que aponta ineficácia da Janssen, ainda não foi revisado pelos pares. Mas, as observações do estudo foram consideradas "consistentes".
"A mensagem que queríamos passar não é que as pessoas não devem tomar a vacina da Janssen, mas esperamos que no futuro ela seja reforçada com mais uma dose dela própria ou uma da Pfizer ou da Moderna, disse Nathaniel Landau, virologista na Escola de Medicina Grossman da Universidade de Nova York e que liderou o estudo.
A porta-voz da Johnson & Johnson, Seema Kumar, afirmou que "os dados do novo estudo não falam sobre a natureza completa da proteção imune" e que estudos da fabricante "indicam atividade forte e persistente contra a variante delta de rápida disseminação".
Atualmente, a variante delta do coronavírus é dominante nos EUA e dever ser a cepa predominante no mundo todo, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A FDA, a agência que regulamenta drogas e alimentação nos EUA, afirmou que "os americanos que foram totalmente vacinados não precisam de dose de reforço neste momento" e a agência "não deverá mudar sua recomendação com base em estudos de laboratório".