Jeff Bezos, o fundador da Amazon e um dos homens mais ricos do mundo, anunciou nesta segunda-feira (7) que vai realizar a sua primeira viagem ao espaço com o foguete da sua empresa, a Blue Origin.
O bilionário revelou que a cápsula New Shepard fará o seu primeiro voo tripulado no dia 20 de julho e que se trata da realização de um sonho. "Desde os cinco anos de idade, sonho em viajar para o espaço. No dia 20 de julho, farei essa viagem com meu irmão", postou o bilionário.
Mas, ao que tudo indica, a Blue Origin deve se tornar a primeira empresa de turismo espacial. Em maio deste ano a empresa realizou o primeiro leilão de um assento na viagem espacial e, segundo dados revelados pela Blue Origin, a companhia recebeu mais de 5.200 propostas de 136 países.
Na segunda rodada de lance, alguém pagou US$ 2,8 milhões (aproximadamente R$ 14 milhões) para viajar ao espaço, isso de acordo com a própria empresa.
Esse é o motivo que levou Bezos a deixar a presidência da Amazon, pois, o bilionário agora está interessado em focar na condução do jornal The Washington Post e sua empresa espacial.
O anúncio de uma viagem espacial com custo de US$ 2,8 milhões por pessoa em meio a pandemia deveria ser um escândalo, mas está sendo anunciado como "um novo momento do turismo". Já é bem sabida a prática de capitalismo predatório da empresa de Bezos no mercado editorial: a empresa é vítima de inúmeros processos por concorrência desleal, por não permitir intervalos aos funcionários em algumas lojas do EUA.
Todo esse outro lado da Amazon está no livro Contra Amazon (ed. Elefante) escrito por Jorge Carrión onde ele trata da prática predatória da Amazon no mercado de livros e como, paradoxalmente, os livros em papel e novas editoras e livrarias de pequeno e médio porte tem se surgido e ganhado espaçado ao redor do mundo justamente por resgatar a humanidade na relação com os livros.