Com 94,059% dos votos apurados, o candidato de esquerda Pedro Castillo acaba de virar e passar à frente de Keiko Fujimori na contagem das urnas do segundo turno das eleições peruanas realizadas neste domingo (6). No final da manhã desta segunda-feira, Castillo alcançou 50,076% dos votos enquanto Fujimori tem 49,92%.
Keiko liderou por uma estreita margem durante toda a manhã, mas, como era esperado, com a chegada dos votos da zona rural do país, principal base eleitoral de Castillo, a situação virou. De acordo com especialistas, o quadro continua indefinido e deverá ser resolvido apenas com a contagem dos últimos votos.
Pesquisas
De acordo com o Instituto IPSOS, em sua contagem rápida de cerca de 1.700 mesas nacionais e também internacionais, Pedro Castillo tem 50,2% dos votos, enquanto Keiko Fujimori tem 49,8%. Essa contagem rápida tem uma margem de erro de + - 1 ponto percentual, portanto, é um empate estatístico.
Já a pesquisa de boca de urna feita pelo mesmo Instituto IPSOS indicou vitória muito apertada de Fujimori. Ela obteria 50,3% dos votos válidos, e Castillo, 49,7%.
O presidente executivo da IPSOS destacou que a margem de erro ainda não permite anunciar um vencedor e que, claro, é fundamental aguardar a contagem oficial do ONPE.
Pedro Castillo
José Pedro Castillo Terrones, de 51 anos, é um professor, líder sindical e político peruano. Ele alcançou destaque como figura principal na greve de professores de 2017 no Peru.
Em 2002, Castillo concorreu sem sucesso a prefeito de Anguía com o Possível Peru. Ele atuou como um membro dirigente do partido em Cajamarca de 2005 até a dissolução do partido em 2017.
Keiko Fujimori
Keiko Sofía Fujimori Higuchi (Lima, 25 de maio de 1975) é uma administradora de empresas e política peruana, atualmente presidente do partido Força Popular, cargo que exerce desde 2010. Filha do ex-presidente Alberto Fujimori, desempenhou as funções de primeira-dama com o divórcio dos pais.
Alberto Fujimori foi condenado, em 2009, a 25 anos de prisão pelas mortes de 25 pessoas e por sequestros durante o seu governo (1990-2000). Ele é o primeiro líder eleito democraticamente na América do Sul a ser condenado por abusos dos direitos humanos.