O médico bolsonarista Victor Sorrentino, preso no Egito neste domingo (30) após assediar uma vendedora muçulmana, é reincidente na prática abusiva. Um vídeo que circula nas redes sociais, que teria sido gravado em 2014, o mostra se aproveitando do fato de que uma mulher australiana não atende o português para fazê-la dizer que vai ter relações sexuais com ele.
“Eu vou transar com ele muito”, diz a mulher após o médico pedir para ela reproduzir a frase. É possível ver no vídeo, inclusive, que a mulher se queixa por não estar compreendendo.
Assista.
Assédio no Egito
Eleitor de Jair Bolsonaro, o médico e influenciador brasileiro, Victor Sorrentino, foi preso, neste domingo (30), por autoridades do Egito. Na última semana, ele publicou, nas redes sociais, um vídeo fazendo “piada” misógina e assediando uma mulher muçulmana.
As imagens foram gravadas durante sua viagem ao Egito. A funcionária de uma loja explicava a ele como são produzidos os papiros, materiais semelhantes ao papel muito utilizados pelos antigos egípcios para escrever. “Elas gostam é do bem duro. Comprido também fica legal, né?”, disse o médico à atendente, aos risos. “O papiro comprido”, completou.
“Si”, respondeu a mulher, em espanhol, sem entender as palavras do médico. “Tá! Maravilha”, disse Sorrentino. Na sequência, ele insistiu na pergunta sexista: “Vocês gostam mesmo é do bem duro, né?”.
O médico e um amigo deram risadas. O vídeo foi publicado por ele em seu perfil que tem quase 1 milhão de seguidores no Instagram.
Após críticas, o médico tornou privado seu perfil e postou um novo vídeo, se desculpando. “Eu sou assim. Sou um cara muito brincalhão”, disse.
Segundo o site El-Shai, o Ministério do Interior do Egito anunciou que localizou e prendeu o médico neste domingo.
Antes de ser preso, Sorrentino gravou vídeo chorando e lamentando o fato.
Embaixada presta assistência
A assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores divulgou, nesta segunda-feira (31), uma nota sobre o caso do médico bolsonarista Victor Sorrentino.
Confira.
“O Itamaraty, por meio de sua Embaixada no Egito, presta toda a assistência possível a brasileiros privados de liberdade naquele país, respeitando os tratados internacionais vigentes, como a Convenção de Viena sobre Relações Consulares, e a legislação local.
O Itamaraty já foi informado sobre o caso e as autoridades brasileiras no Egito estão prestando assistência consular cabível ao cidadão.
Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”.