Após França, Bélgica também proíbe entrada de brasileiros no país devido à Covid

Além do Brasil, país europeu suspendeu voos vindo da Índia e também da África do Sul por conta das novas variantes do coronavírus

Avião na pista do Aeroporto Internacional de Bruxelas, na Bélgica (Foto: Bixabay)
Escrito en GLOBAL el

O governo da Bélgica decidiu, nesta terça-feira (27), proibir a entrada de brasileiros no país devido à pandemia do coronavírus. Além de vetar a entrada de viajantes brasileiros, o país também proibiu a entrada de pessoas vindas da Índia e da África do Sul.

O principal motivo para a decisão é que os três países são, atualmente, o epicentro de variantes mais contagiosas do coronavírus, sendo que Brasil e Índia respondem pela maior parte dos contágios e das mortes diárias em decorrência da Covid, atualmente, em todo o mundo.

"Passageiros viajando de avião, trem, barco e ônibus, incluindo aqueles em trânsito, a partir da Índia, do Brasil e da África do Sul serão banidos", detalhou o primeiro-ministro belga Alexander de Croo.

A entrada na Bélgica de pessoas vindas desses países só será permitida se elas forem cidadãs belgas, estrangeiros com residência no país e diplomatas. Este grupo, porém, deverá fazer um teste de Covid-19 ao chegarem no país e ficar em quarentena por ao menos uma semana, quando será realizado um novo teste.

Além de anunciar a proibição de entrada de viajantes vindos desses países, o primeiro-ministro belga recomendou "fortemente" os cidadãos belgas a evitarem viagens a esses destinos.

Atualmente, a Bélgica atravessa um dos seus piores momentos da pandemia, registrando cerca 2 mil mortes diárias em decorrência da Covid.

Piada internacional

Antes da Bélgica, outros países europeus como Itália, Espanha e França já tinham suspendido voos vindos do Brasil devido à Covid.

Durante o anúncio de que todos os voos entre a França e o Brasil estão suspensos “até novas ordens” , em 13 de abril. o primeiro-ministro francês, Jean Castex, usou o país governado por Jair Bolsonaro como exemplo de que a hidroxicloroquina não é eficaz contra a Covid-19.

A substância é defendida por Jair Bolsonaro desde o início da crise sanitária e o governo federal, inclusive, chegou a gastar milhões para a compra e produção do medicamento, cuja eficácia contra a doença do coronavírus já foi rechaçada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Castex, durante sessão do parlamento francês, afirmava que a situação no Brasil “é absolutamente dramática” e rebatia um deputado que é defensor, tal como Bolsonaro, da hidroxicloroquina, quando arrancou aplausos dos presentes. “Me desculpe, senhor deputado, mas o senhor distorce um pouco a realidade dando a entender que o governo não fez nada. Mas isso é completamente falso. Mas se tem uma coisa que não fizemos foi seguir suas recomendações. Você escreveu ao presidente da República em 2020 para aconselhar a prescrição de hidroxicloroquina. Gostaria de avisar que o Brasil é o país que mais a prescreve”, disse, gerando também risadas entre os parlamentares.

O primeiro-ministro também foi aplaudido quando anunciou a suspensão dos voos da França ao Brasil e a necessidade de teste de Covid, no embarque e desembarque, em viajantes brasileiros que chegam ao país europeu.