O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu formalmente o massacre de 1,5 milhão de armênios pelo Império Otomano, de 1915 a 1917, como genocídio. A declaração foi feita neste sábado (24), Dia da Memória do Genocídio Armênio.
“A cada ano, neste dia, lembramos a vida de todos aqueles que morreram no genocídio armênio da era otomana e nos comprometemos a evitar que tal atrocidade ocorra novamente. E nos lembramos para que permaneçamos sempre vigilantes contra a influência corrosiva do ódio em todas as suas formas”, declarou Biden.
Os presidentes anteriores a Biden evitaram utilizar o termo genocídio com o objetivo de preservar as relações políticas com o presidente turco Tayyip Erdogan, que não reconhece o massacre de armênios como genocídio.
Após a declaração de Joe Biden, o presidente da Turquia, Erdogan, afirmou que "terceiros querem interferir nos assuntos da Turquia. Ninguém aproveita do fato de que os debates - que deveriam ser mantidos por historiadores - sejam politizados por terceiros e se tornem um instrumento de interferência em nosso país".
Nikol Pashinyan, o primeiro-ministro da Armênia, afirmou que o reconhecimento do genocídio "é uma questão de verdade, justiça histórica e segurança para a República da Armênia".
O reconhecimento do genocídio e deportações de arménios durante a 1ª Guerra Mundial era uma promessa de campanha de Joe Biden.