O exército israelense anunciou nesta quinta-feira (22) ter realizado bombardeios contra a Síria após o lançamento de um míssil de milícias pró-Irã localizadas em territórios sírios. O míssil que teria partiu da Síria, caiu no deserto de Neguev (sul), perto de uma instação israelense secreta.
"Um míssil terra-ar identificado como proveniente da Síria caiu no Neguev. Em represália (…), o exército israelense bombardeou a bateira desde a qual o míssil foi lançado e outras baterias sírias de mísseis terra-ar", disse o comunicado divulgado pelo exército israelense.
De acordo com informações divulgadas pela agência oficial síria Sana, o exército israelense lançou mísseis das colinas de Golã "contra posições nas imediações de Damasco".
"Nossa bateria de defesa antiaérea interceptou mísseis e fez cair a maioria deles nesta agressão que causou ferimentos em quatro soldados e alguns danos materiais", revelou a agência de notícias síria Sana.
Por sua vez, a ONS OSDH (Observatório Sírio para os Direitos Humanos) afirmou que os bombardeios destruíram baterias de defesa antiaérea em Dmeir, cidade que fica a 40km ao nordeste de Damasco, capital da Síria. Onde acredita-se que há armas de milícias pró-Irã armazenadas.
O governo de Israel havia indicado que as sirenes que alertam para ataques potenciais foram ativadas perto da localidade beduína de Abu Qrenat, situada a alguns quilômetros da central de Dimona.
Israel nunca reconheceu que possui um arsenal nuclear, mas especialistas estrangeiros garantem que o Estado hebreu dispõe de 100 a 300 ogivas nucleares.
O míssil lançado a partir da Síria, segundo a AFP, não provocou vítimas ou danos. A imprensa israelense afirmou que o míssil não tinha como alvo a central Dimona.
Não foi informada a localização exata da queda do míssil, mas a AFP noticiou uma grande presença de forças de segurança na área de Ashalim, que 40 km de Dimona, na região do Neguev.
Desde que teve início a guerra na Síria, em 2011, o Estado de Israel realizou centena de bombardeios contra posições do poder sírio e seus aliados, as tropas iranianas e combatentes do Hezbollah libanês.
O governo de Israel afirma que tenta evitar que o seu principal inimigo, o Irã, consiga se implantar no Síria, pois este país faz fronteira com Israel.
Atualmente a região vive grande tensão, pois, o Irã prometeu "vingança" há 10 dias, depois que a sua central de enriquecimento de urânio de Natanz foi sabotada, segundo o regime de Teerã, por Israel.
Com informações do UOL