Um grupo de diversas organizações de direitos humanos da América Latina denunciou esta semana o agravamento da perseguição de povos campesinos no estado de Oaxaca, no sul México, por parte do grupo paramilitar Antorcha Campesina. Segundo os movimentos, essa ação seria respaldada pelo governador Alejandro Murat Hinojosa, do PRI.
Em razão dessa mobilização internacional, a ativista Daniela González López, coordenadora do Observatório Internacional de Direitos Humanos dos Povos, enviou um vídeo ao Fórum América Latina desta segunda-feira (15) denunciando as ameaças de morte que ela e outros ativistas têm recebido.
"Estamos ameaçadas e ameaçados de morte por esse grupo paramilitar Antorcha Campesina por defender os direitos humanos coletivos da comunidade indígena mixteca El Ojite Cuauhtémoc, Tlaxiaco", disse. "Denunciamos que esse mesmo grupo mantém tomados dois hectares deste territória", completou.
Segundo a ativista, a defensora pública Kristal Jiménez Tovilla também está sendo ameaçada pelas milícias priistas.
"Estamos incorporadas e incorporados ao mecanismo de proteção de jornalistas e defensores de direitos humanos da Secretaria de Governo do México, mas essas ameaças seguem e estão piorando. Tememos pelas nossas vidas", declarou.
O observatório é composto por diversos movimentos latino-americanos, entre eles o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), quem procurou a Fórum para divulgar esta situação. O Movimento de Favelas do Rio de Janeiro é outra entidade brasileira que compõe o grupo.
Assista ao vídeo da denúncia exibido no Fórum América Latina: