Andrés Arauz pode levar a esquerda de volta ao poder no Equador

Cerca de 13 milhões de equatorianos vão às urnas. Ex-ministro de Rafael Correa, que está exilado na Bélgica, é o favorito na disputa para suceder Lenín Moreno. "Que a vontade popular seja cumprida", tuitou Arauz

Andrés Arauz e Rafael Correa (foto: Prensa Latina)
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A abertura da votação no Equador na manhã deste domingo (7) pode representar um retorno do país ao passado, quando, sob o comando do esquerdista Rafael Correa, a pobreza foi reduzida de 36,7% para 22,5% entre 2006 e 2016 e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita saltou de 0,6% nas décadas anteriores para 1,5%.

Exilado na Bélgica, Rafael Correa intensificou sua ação nas redes sociais neste sábado (6) para promover a candidatura de Andrés Arauz, de 35 anos, da coligação União Pela Esperança, que foi Ministro do Planejamento e de Tecnologia durante seu terceiro e último mandato, encerrado em maior de 2017.

Correa fez um último apelo nas redes aos jovens, lembrando que Arauz é um especialista em tecnologia e vai garantir acesso à internet e ao estudo universitário na "nova pátria".

https://twitter.com/MashiRafael/status/1358281631400796161

Arauz encerrou sua campanha - chamada Revolução 2.0 - nas redes com as bençãos da avó e conclamou, logo pela manhã, os equatorianos a decidirem em primeiro turno a eleição.

"Hoje é um dia histórico! A vitória, em um único turno, só é possível se sairmos em defesa do voto dos equatorianos e ficarmos vigilantes para que a vontade popular seja cumprida", tuitou.

https://twitter.com/ecuarauz/status/1358393382314336256

Arauz tem como principal adversário Guillermo Lasso, um político conservador e liberal no campo econômico, que dispua pela terceira vez uma eleição presidencial no Equador.

O dirigente indígena Yaku Pérez e o empresário Xavier Hervas correm por fora e podem dividir o eleitorado, facilitando uma decisão no primeiro turno.

Neste domingo, cerca de 13 milhões de equatorianos decidirão o substituto de Lenín Moreno, que em uma guinada pesssoal, levu o Equador à direita após ocupar o cargo de vice-presidente no governo Correa entre 2007 e 2013.