Alerta: Guiné confirma nova epidemia de ebola após quatro mortes

Este é o primeiro ressurgimento da doença na África Ocidental, onde ocorreu o pior surto da história do vírus, que matou mais de 11.300 pessoas, entre 2013 e 2016

Foto: ONU/Divulgação
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A Guiné, na África Ocidental, está vivendo uma nova “situação de epidemia” de febre hemorrágica Ebola. Pelo menos quatro pessoas já morreram em consequência da doença, cinco anos após o fim do surto anterior.

“Muito cedo nesta manhã, o laboratório de Conacri confirmou a presença do vírus do Ebola”, afirmou, neste domingo (14), o chefe da agência de saúde do país, Sakoba Keita.

Keita comanda a Agência Nacional de Segurança Sanitária (ANSS). Ele disse à imprensa que depois que uma pessoa morreu no final de janeiro em Gouecké, perto da fronteira com a Libéria, alguns parentes e amigos que estiveram no funeral, em 1 de fevereiro, começaram a apresentar sintomas de diarreia, vômito, sangramentos e febre.

As primeiras amostras analisadas pelo laboratório instalado pela União Europeia em Guéckédou revelaram a presença do vírus em algumas delas. “Isso coloca a Guiné em uma situação de epidemia de Ebola”, destacou o médico.

Este é o primeiro ressurgimento da doença na África Ocidental, onde ocorreu o pior surto da história do vírus, que matou mais de 11.300 pessoas, entre 2013 e 2016.

OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que enviará auxílio, incluindo doses de vacinas, para ajudar a Guiné a enfrentar o ressurgimento da epidemia.

“Vamos enviar rapidamente as capacidades necessárias para apoiar a Guiné, que já tem muita experiência. O arsenal é hoje em dia muito maior e temos que aproveitá-lo para conseguir conter esta situação o mais rápido possível”, ressaltou o professor Alfred George Ki-Zerbo.

Ele disse, ainda, que a OMS está em alerta em todos os níveis, principalmente na relação com o fabricante de vacinas, “para que as doses necessárias sejam disponibilizadas o quanto antes”.

No momento, existem duas vacinas experimentais contra o Ebola, mas não há nenhum tratamento capaz de curá-lo.

Com informações da France Presse

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