Impeachment nos EUA: Defesa do Trump argumenta que ele é vítima de “cultura do cancelamento”

Advogados do ex-presidente afirmaram que o processo no Senado é uma tentativa do Partido Democrata de “cancelar constitucionalmente” a direita e a oposição ao governo de Biden

Equipe de defesa de Donald Trump chega ao Capitólio, Michael van der Veen é o que leva a maleta mais volumosa (foto: CNN)
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Na sessão desta sexta-feira (12) do processo de impeachment de Donald Trump no Senado, os advogados do ex-presidente apresentaram os argumentos da defesa, que defendeu a tese de que o processo é uma “armação do Partido Democrata para promover uma caça às bruxas com motivação política”.

Segundo Michael van der Veen, um dos advogados de Trump, a acusação de que Trump é responsável pela invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro é “exagerada”. Segundo o defensor, o discurso do então presidente estadunidense naquele mesmo dia “não foi diferente da linguagem que os políticos costumam usar na política norte-americana hoje em dia”.

Naquele discurso, Trump pediu aos seus partidários que “lutem até no inferno” para defender a postura de não reconhecer a vitória eleitoral de Joe Biden. Poucos minutos depois, seus seguidores atacaram a sede legislativa e atrasaram a sessão que confirmaria a vitória do candidato do Partido Democrata nas eleições presidenciais de 2020.

Porém para os advogados do ex-presidente, “este processo é um esforço sem precedentes que não tem a ver com o Partido Democrata se opondo à violência política, e sim com uma tentativa de desqualificar sua oposição política. Uma cultura de cancelamento constitucional contra a direita e a oposição ao governo (de Biden)”.

“A história registrará esse esforço vergonhoso como uma tentativa deliberada do Partido Democrata de difamar, censurar e cancelar não apenas o presidente Trump, mas os 75 milhões de americanos que votaram nele”, concluiu Michael van de Veen.

Vale lembrar que o processo de impeachment de Trump não coloca em risco um mandato, já que o magnata deixou de ser presidente em janeiro, mas uma possível condenação poderia torná-lo inelegível por um período específico, o que arruinaria seus planos de voltar ao poder em 2025.