As novas variantes do coronavírus SARS-CoV-2 – causador da infecção covid-19 – continuam sendo a principal preocupação da comunidade científica nas últimas semanas, e nesta sexta-feira (12) foi oficializada a existência de mais uma delas, identificada por uma equipe de cientistas da Califórnia, nos Estados Unidos.
Uma pesquisa publicada na JAMA (Journal of the American Medical Association), uma das mais conhecidas revistas médicas do país norte-americano, afirmou que dois de cada cinco testes realizados em janeiro nos Estados Unidos apresentaram casos dessa nova cepa, o que levantam suspeitas de que ela poderia se tornar predominante no país durante este mês de fevereiro.
Os pesquisadores estadunidenses afirmam que a nova variante, assim como as encontradas no Reino Unido, no Brasil e na África do Sul, é mais contagiosa que o vírus que deu início à pandemia. Os cientistas também argumentam que essas novas variantes se tornam predominantes por meio de um processo de seleção evolucionário que ainda não é bem compreendido, e que, por isso, é preciso reforçar os estudos a respeito desse fenômeno.
Em entrevista para meios locais, o epidemiologista Anthony Fauci, chefe da força-tarefa contra a pandemia criada pelo presidente estadunidense Joe Biden, informou que o governo solicitou às agências responsáveis que realizem um estudo sobre a eficácia das vacinas utilizadas no país contra essas novas variantes, e disse que espera um resultado sobre esse tema “o mais rápido possível”.
“Se precisamos de uma adaptação dessas vacinas para proteger também contra essas novas variantes, precisamos saber disso logo, para que o esforço de vacinação que estamos fazendo agora não seja em vão”, disse Fauci, segundo a agência Associated Press.