As autoridades sanitárias da Áustria divulgaram nesta segunda-feira (1) um informe do Conselho Nacional de Vacinação desse país, que limita a recomendação do uso da chamada vacina de Oxford somente a pessoas entre 18 e 65 anos.
Segundo a imprensa local, os estudos sobre a vacina enviados ao país mostrariam que não há dados suficientes sobre a segurança do produto em pessoas com mais de 65 anos.
O chanceler austríaco Sebastian Kurz promoveu uma reunião nesta segunda para definir o cronograma de vacinação do país, especialmente devido à escassez de vacinas e insumos, problema que tem afetado quase todas as nações da União Europeia e levado a um avanço lento dos programas de imunização.
A decisão do governo austríaco segue a linha do que já havia sido decidido em um país vizinho. No sábado (30), a Alemanha também determinou que a vacina da AstraZeneca estaria contraindicada para pessoas maiores de 65 anos.
Segundo o ministro de saúde alemão, Jens Spahn, “as limitações de idade da vacina (de Oxford) obrigará o governo a revisar o cronograma de vacinação” – inicialmente, o imunizante seria usado em pessoas que estavam no primeiro grupo de prioridade, que incluía pessoas da terceira idade e profissionais da saúde.
Além da vacina de Oxford/AstraZeneca, Alemanha e Áustria utilizam também os imunizantes produzidos pelas empresas Moderna e Pfizer/BionTech.
Esses três são os únicos produtos que contam com autorização da União Europeia e nenhum país que forma parte do bloco poderia comprar vacinas de outra origem – embora a Hungria tenha adquirido milhões de doses da vacina russa Sputnik V, o que levou as autoridades europeias a ameaçarem sancionar o país.