O Brasil de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes continua colecionando adversidades na economia, que encolheu pelo segundo trimestre seguido entre os meses de julho e setembro.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta (2), o Produto Interno Bruto (PIB) do país teve queda de 0,1% em relação ao trimestre anterior.
Com o resultado, o país entra em recessão técnica. Isso ocorre quando o PIB acumula dois trimestres seguidos de redução.
O panorama atual empurrou o Brasil para os últimos lugares na lista de países acompanhados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Entre as 38 nações que apresentaram os números do terceiro trimestre, o PIB brasileiro, em 34º, só é maior do que o do México (-0,4%), da Indonésia (-0,6%), do Japão (-0,8%) e da Austrália (-1,9%).
Entre os países da América Latina, Colômbia e Chile figuram no topo do ranking, ocupando segundo e terceiro lugares, respectivamente.
Colômbia apresenta alta de 5,7% do PIB no terceiro trimestre, em relação ao segundo, e Chile, de 4,9%, na mesma comparação.
A expectativa de consultorias e instituições financeiras em relação ao Brasil não é de reversão do desempenho fraco no terceiro trimestre. As projeções para o quatro trimestre são novamente de “pibinho” e, para 2022, as estimativas preliminares indicam a possibilidade de estagnação e até retração da economia, de acordo com informações da BBC Brasil.
“Recuperação em V” de Paulo Guedes não saiu da retórica
A propalada “recuperação em V” da economia não passou de mais uma mentira de Paulo Guedes e do governo Bolsonaro. Dados divulgados pelo IBGE mostram um encolhimento de 0,1% do PIB no terceiro trimestre.
Com a segunda queda trimestral no PIB – no segundo trimestre também houve recuo de 0,1% -, o Brasil entra em recessão técnica, enquanto a maioria dos países do mundo retomam o crescimento após a atenuação da pandemia do coronavírus.
Base de sustentação do governo Jair Bolsonaro, os negócios dos ruralistas sofreram um tombo de 8% – o maior entre todos os setores – o que puxou a queda do PIB.
O setor de serviços cresceu 1,1%, o que segurou a economia. Já a indústria andou de lado, com 0% de oscilação em relação ao trimestre anterior.