O jornalista e fundador do WikiLeaks, Julian Assange, sofreu um derrame na prisão de Belmarsh.
Segundo a noiva de Assange, Stella Moris, o ativista está "lutando" a sua batalha para evitar a extradição para América.
Para Moris, o stress que toda essa situação tem causado, foi o que levou Julian Assange a sofrer um AVC.
Apesar da notícia ter sido divulgada neste sábado (11) pela imprensa inglesa, o AVC teria ocorrido no fim de outubro, durante uma aparição de Assange na Suprema Corte por meio de um link de vídeo de Berlmarsh.
Dessa maneira, Assange teria ficado com a pálpebra direita-caída, problemas de memória e sinais de danos neurológicos.
Em entrevista ao The Mail, Moris declarou que "Julian está lutando e temo que este mini derrame possa ser o precursor de um ataque mais grave. Ele aumenta os nossos temores sobre sua capacidade de sobreviver por mais tempo esta longa batalha".
O fundador do WikiLeaks é procurado pela justiça dos EUA por uma suposta "conspiração para obter e divulgar informações da defesa nacional".
O processo diz respeito aos milhares de documentos que o WikiLeaks vazou sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque.
Assange perde apelação e pode ser extraditado para Estados Unidos
Os Estados Unidos ganharam uma apelação no tribunal superior de Londres, no Reino Unido, para que Julian Assange, fundador do WikiLeaks, seja extraditado. O jornalista está sendo acusado de crimes de conspiração e espionagem pelo governo estadunidense.
A decisão foi tomada pelo juiz Timothy Holroyde, nesta sexta-feira (10). Ainda cabe recurso. O novo pedido de extradição havia sido homologado na justiça britânica em outubro.
Pelas redes sociais, a noiva de Assange se manifestou e disse que a decisão da Corte britânica representa um “grave mau uso da justiça”.
De acordo com o WikiLeaks, o jornalista não pode comparecer ao tribunal para a defesa
A decisão contra o Assange, paradoxalmente, foi tomada no Dia dos Direitos Humanos, celebrado em 10 de dezembro. Caso vá para os Estados Unidos, ele pode ser condenado à prisão perpétua ou até à morte.
Os advogados de Assange afirmam que o processo é político, além de colocar em risco a liberdade de imprensa.
Revelações de Assange mostram assassinatos e tortura praticados por militares dos EUA
As denúncias do jornalista mostraram, entre outros segredos guardados pelos governos estadunidenses, a brutalidade das operações militares do país no Afeganistão e no Iraque, com a prática comum de torturas e mortes não registradas.
Documentos e vídeos divulgados por Assange, em 2010 e 2011, descortinaram uma série de abusos cometidos por militares dos Estados Unidos, que assassinaram centenas de civis no Afeganistão e cerca de 66 mil em território iraquiano, além da tortura de prisioneiros.
Com informações do Daily Mail e The Mirror