Barbárie: Quatro mulheres afegãs ativistas são encontradas mortas

Vítimas de ato bárbaro, segundo informações preliminares de agências internacionais, eram militantes dos direitos humanos. Talibã diz que prendeu autores e se exime de culpa

Imagem: Redes sociais
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Agências internacionais de notícias informam neste sábado (6) que quatro mulheres identificadas como ativistas pelos Direitos Humanos foram encontradas mortas numa casa da cidade de Mazar-i-Sharif, no norte do Afeganistão. O crime foi confirmado, de acordo com a Agência France Presse (AFP), pelos porta-vozes do Talibã, o grupo fundamentalista islâmico que retomou o controle político do país em agosto deste ano, após 20 anos de ocupação dos EUA.

Um líder dos radicais lotado no Ministério do Interior, Qari Sayed Khosty, disse a jornalistas que dois homens foram presos sob a acusação de matarem as quatro mulheres, executadas com tiros no rosto, o que as deixou desfiguradas, disseram familiares. Uma das vítimas, informa a agência italiana Ansa, é Frozan Safi, uma professora de Economia de 29 anos considerada a mais proeminentes ativista pelos direitos da população feminina local, uma das mais reprimidas e brutalizadas do mundo.

A rede britânica BBC informa que moradores de Mazar-i-Sharif contaram que todas as vítimas se conheciam e eram amigas. Elas teriam desaparecido há 15 dias nas proximidades do aeroporto da cidade, que fica localizada na província de Balkh, a 50 km da fronteira com o Uzbequistão. Com exceção de Frozan Safi, as identidades das demais vítimas da brutal chacina não foram reveladas pelo Talibã.