Representantes do governo Joe Biden, dos EUA, se reuniram neste sábado (9) pela primeira vez com os talibãs, grupo extremista islâmico que tomou o poder e forçou a retirada às pressas das tropas estadunidenses do Afeganistão.
O encontro, confirmado pelo Departamento de Estado dos EUA, segundo a Rádio França Internacional (RFI), se repetirá neste domingo (10) em Doha, no Catar.
"Vamos pressionar os talibãs para que respeitem os direitos de todos os afegãos, inclusive as mulheres e meninas, e para que formem um governo inclusivo com um apoio amplo", informou o porta-voz do Departamento de Estado.
A reunião acontece após atentado suicida desencadeado pelo grupo Estado Islâmico durante a oração do meio-dia em uma mesquita xiita de Kunduz, que deixou 55 mortos.
O Departamento de Estado enfatizou que a reunião não indica que os Estados Unidos estejam reconhecendo o governo talibã no Afeganistão. "Temos claro que qualquer legitimidade deve ser conquistada através das próprias ações dos talibãs".
Na sexta-feira (8), a secretária adjunta de estado se reuniu com o ministro de Relações Exteriores do Paquistão, Shah Mahmood Qureshi, em uma tentativa dos EUA de nortear a diplomacia na região.
"Me encontrei hoje com o Ministro das Relações Exteriores do Paquistão @SMQureshiPTI para discutir o futuro do Afeganistão e a importante e duradoura relação EUA-Paquistão. Esperamos continuar a enfrentar os desafios regionais e globais urgentes", disse sobre o país, por onde passam gasodutos que abastecem a região e chegam até a Rússia.