As denúncias de uma ex-executiva colocando em xeque a credibilidade da empresa e a queda das plataformas do grupo durante todo o dia fizeram com que o magnata Mark Zuckerberg, dono Facebook, Instagram e WhatsApp, perdesse apenas nesta segunda-feira (4) mais de US$ 7 bilhões, descendo algumas posições no ranking das pessoas mais ricas do mundo.
Os papéis e ações do império das redes sociais desabaram 5,6% na Nasdaq, a bolsa de valores voltada para negócios de alta tecnologia.
As perdas da “trágica” segunda-feira para Zuckerberg fizeram com que sua fortuna “caísse” de US$ 128 bilhões para US$ 120,9 em poucas horas, colocando-o em quinto lugar na lista dos bilionários da Bloomberg, uma posição abaixo de Bill Gates, o dono da Microsoft.
A queda no patrimônio de Zuckerberg começou em 14 de setembro, quando uma ex-funcionária, Frances Haugen, até então sob anonimato, mas que na noite de domingo (3) resolveu revelar sua identidade numa rede de televisão, entregou um dossiê para o The Wall Street Journal no qual acusava sua antiga companhia de mentir para investidores e de colocar o lucro acima da segurança. Do dia das denúncias até esta segunda-feira (4), antes das plataformas ficarem inoperantes, o conglomerado das redes sociais já havia perdido mais de US$ 10 bilhões.
Com as novas denúncias de Haugen e o caos nos serviços registrados nesta tarde, a queda só aumentou e as perdas foram se acumulando. O cenário que levou a uma baixa vertiginosa nas ações do Facebook já é considera por especialistas o maior baque financeiro da história da empresa, ao lado do escândalo Cambridge Analytica, ocorrido em 2014 e confirmado em 2018, no qual o Facebook teria vazado dados pessoais de 87 milhões de seus usuários para uso político nos EUA.