O ministro de governo da Bolívia, Eduardo del Castillo, denunciou nesta segunda-feira (18) que os mercenários que assassinaram o presidente do Haiti, Jovenel Moïse, chegaram a ser sondados para uma tentativa de homicídio contra o presidente Luis Arce dias antes das eleições de 2020.
Castillo revelou que figuras ligadas ao governo golpista de Jeanine Áñez articularam um plano para liquidar com o presidente eleito depois do novo triunfo do Movimento ao Socialismo (MAS). O partido voltou ao governo cerca de um ano após o golpe que depôs o ex-presidente Evo Morales.
O ex-ministro Fernando López Julio, da Defesa, teria feito a ponte do governo Áñez com o grupo de matadores colombianos. Diante do contato, os mercenários Pretel Arcangel Ortiz, Antonio Emanuel Intriago Valera, Germán Rivera García, Ronald Ramirez e Enrique Galindo chegaram à Bolívia - vindos de Colômbia e Estados Unidos - a poucos dias das eleições que sagraram a vitória de Arce.
“Essas pessoas teriam um contrato inicial anual de 125.000 dólares ou 10.416 dólares por mês. Havia toda uma estratégia armada para impedir a ascensão do presidente Luis Arce e sequestrar nossa democracia, os contratos, valores, e detalham os resumos das pessoas envolvidas, inclusive as armas que planejavam usar para matar os bolivianos ”, detalhou Castillo.
German Alejandro Rivera García foi detido em Porto Príncipe, capital do Haiti, por ter participado do assassinato do presidente Moïse. Ex-capitão do Exército da Colômbia, ele é apontado como uma das peças chave para entender quem mandou matar o mandatário haitiano.
Com informações de Brasil de Fato e Bolívia TV