O policial Rusten Sheskey da Polícia de Kenosha (estado de Wisconsin), nos Estados Unidos, ficou livre de acusações por decisão do Tribunal de Justiça dessa cidade. Ele era investigado pelo ataque a tiros que realizou contra o afro-estadunidense Jacob Blake, no dia 23 de agosto de 2020.
Naquele domingo, um grupo de policiais de Kenosha abordou Blake por uma suposta discussão familiar. O homem, de 29 anos, saía da casa da ex-esposa, onde foi buscar os três filhos.
Quando a polícia chegou, os menores estavam no banco de trás do carro, e Blake se dirigiu ao veículo enquanto os policiais, com armas na mão, faziam advertências. Quando ele abriu a porta e parecia que ia entrar no carro, Sheskey começou a disparar, e acertou sete tiros nas costas da vítima.
Os filhos de Blake estavam no banco de trás do veículo e viram toda a cena. A polícia alegou que Sheskey temia que a vítima pudesse tirar alguma arma de dentro do carro, e apesar de os peritos não terem encontrado nenhuma arma de fogo no veículo.
Segundo o diário The Guardian, a promotoria aceitou o argumento e disse que a ação do policial foi por “legítima defesa”, tese que foi aceita pelos juízes.
O ataque contra Blake ocorreu três meses após o assassinato de George Floyd, em maio de 2020, também por ação abusiva da polícia, mas na cidade de Minneapolis. Ambos os casos geraram grandes protestos contra a violência policial nos Estados Unidos, especialmente contra as pessoas negras.
O advogado Bem Crump, que representa a família de Blake, disse que seus clientes estão “imensamente desapontados”.
“Eles sentem que a Justiça falhou não apenas com Jacob, mas também com a comunidade que protestou e exigiu justiça”, manifestou o defensor, em um comunicado.