Mais de 4 mil pessoas foram presas durante a realização de manifestações espalhas por diversas cidades da Rússia, neste domingo (31). Os atos têm como mote principal a libertação de Alexey Novalny, opositor de Putin está preso desde dia 17 de dezembro.
De acordo com informações da AFP, só em Moscou mais de 2.700 pessoas foram detidas. Entre elas, a esposa de Alexey, Yulia Navalny.
Medidas de segurança sem precedentes foram adotadas na no central da capital russa: estações de metrô foram fechadas, tráfego de ônibus cortados e o fechamento de lojas e restaurantes.
Segundo informações divulgadas pela ONG de direitos humanos OVD-Info, estima-se que cerca de 4.567 pessoas foram presas em 80 cidades. No sábado passado, o número de pessoas detidas por estarem nas manifestações foi de 4 mil.
Alexey Navalny, crítico e opositor de Vladimir Putin, acusa o presidente russo de estar por trás do envenenamento que sofreu em agosto do ano passado, na Sibéria.
Em 3 de setembro, um laboratório militar alemão concluiu que Navalny, de 44 anos, foi envenenado por um agente químico nervoso do tipo Novichok, projetado para fins militares na União Soviética. A análise, corroborada por laboratórios franceses e sueco, é contestada pela Rússia.
O chefe da inteligência estrangeira russa, Sergei Naryshkin, garantiu que Moscou não tem estoque de Novichok. “Eles foram destruídos de acordo com o protocolo e os regulamentos da Organização para a Proibição de Armas Químicas” (OPCW), disse Naryshkin, a agências de notícias russas.
Ele também alega que “quando Alexeï Navalny deixou o território russo, não havia nenhuma substância tóxica em seu corpo”, acreditando que a Rússia tem “a este respeito muitas perguntas para o lado alemão”.
Navalny retornou à Rússia em 17 de dezembro, quando foi preso ao desembarcar. Desde então, manifestações contrárias a sua prisão tem sido realizadas na Rússia. Inicialmente, a pauta principal era a exigência de soltura do opositor de Putin, agora os atos também se dirigem ao governo de Putin, o qual acusam de ser "corrupto".
Com informações da DW e AFP.
