A pandemia levou a uma queda na atividade econômica em quase todos os países, o que, consequentemente, fez com que muitas pessoas a perdessem o emprego durante os últimos meses. A precarização do trabalho, outro problema dos tempos atuais, faz com que os salários não sejam suficientes. As soluções para enfrentar essas mazelas contemporâneas variam de acordo com as ferramentas disponíveis.
Por exemplo, nos Estados Unidos, mulheres desempregadas ou com empregos de baixa renda passaram a usar uma plataforma chamada OnlyFans para vender fotos nuas e conseguir uma grana extra para poder sobreviver.
Essa nova tendência foi tema de uma reportagem publicada do jornal New York Times. A matéria traz o testemunho de Savannah Benavidez, que perdeu o emprego como secretária de um médico, e começou a apostar nesta nova fonte de renda, e afirma que tem faro.
Ela afirma que seu perfil oferece fotos só de calcinha e sutiã, e algumas em que ela aparece nua, com preços que variam de acordo com a oferta, e diz estar satisfeita com os resultados até agora: “é muito mais do que eu consegui ganhar em qualquer emprego”.
Mas nem todas estão tendo o mesmo sucesso. Por exemplo, a garçonete Lexi Eixenberger, de 22 anos, optou pela mesma estratégia, mas só arrecadou cerca de 500 dólares desde outubro. Em meio à pandemia, a venda de fotos nuas passou a ser uma renda extra para compensar a instabilidade financeira – desde a chegada do vírus, ela passou por três restaurantes do estado de Montana, onde mora, mas todos eles acabaram fechando por falta de clientes.
“As pessoas acham que tirar fotos nuas e postá-las online é fácil. No entanto, é um trabalho difícil, um emprego em tempo integral”, contou a garçonete.
A plataforma OnlyFans foi criada em 2016, por uma empresa com sede no Reino Unido. Atualmente, possui mais de 90 milhões de usuários, embora seu crescimento durante a pandemia seja mais visível no aumento no número de criadores de conteúdo: eram apenas 120 mil em 2019, e atualmente já são mais de um milhão.