Cerca de duas semanas após o Alto Representante da União Europeia para Política Exterior, Josep Borrell, deixar de classificar o ex-deputado Juan Guaidó como “presidente interino” da Venezuela, o Conselho da União Europeia confirmou o "desreconhecimento" de forma definitiva. No Parlamento Europeu, alguns deputados haviam tentado reverter o cenário na última semana.
No documento 5582/21, que traz as conclusões do comitê de assuntos estrangeiros - que reúne os ministros de Relações Exteriores dos países do bloco -, Guaidó e a legislatura não-reeleita da Assembleia Nacional são denominados apenas como "atores importantes e privilegiados interlocutores".
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Em nota, a UE afirma que "continuará a dialogar e a colaborar com todas as partes interessadas na Venezuela para promover um diálogo pacífico e uma solução democrática e sustentável para as crises na Venezuela".
A AN dominada pela oposição decidiu estender seus respectivos mandatos por conta própria e proclamar mais uma vez Guaidó como presidente. Essa manobra parece não ter convencido os europeus, apesar do bloco criticar as eleições legislativas de dezembro.
No pleito, foi eleita uma nova legislatura, formada majoritariamente por parlamentares do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), legenda do presidente Nicolás Maduro. A votação, boicotado pela oposição, teve participação de 32% da população. A taxa é similar à da eleição presidencial de Portugal, realizada no domingo.
Na nota desta segunda, a UE afirma que "as eleições se revelaram uma oportunidade perdida para a democracia, tendo sido realizadas sem um acordo nacional sobre as condições eleitorais e sem respeitarem as normas internacionais para um processo democrático".
CONFIRA AQUI O DOCUMENTO OFICIAL DO CONSELHO EUROPEU