A combinação entre a vacina russa anticovid Sputnik V e a chamada “vacina de Oxford”, desenvolvida pela universidade britânica em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, começou como uma troca de declarações supostamente despretensiosas, mas já se tornou realidade. Porém, o novo produto precisa enfrentar uma fase de testes, que será iniciado na semana que vem.
O economista Kiril Dmitriev, diretor do Fundo Russo de Investimentos Diretos – órgão responsável por financiar o estudo do Centro Gamaleya de Moscou, que criou a Sputnik V –, afirmou neste sábado (2), em entrevista ao canal de televisão Rossyia-1, que o trabalho com os britânicos está bastante adiantado, e que os testes serão iniciados na terça-feira (5).
Dmitriev contou que os testes clínicos com a combinação das duas vacinas acontecerão na Ucrânia, país que possui relações conflitivas com a Rússia. Perguntado sobre esse fato, o economista afirmou que seu país está “pronto para cooperar com a Ucrânia de todas as maneiras possíveis, porque acreditamos que esse esforço pela vacina não deve ser afetado pela política”.
Na mesma entrevista, o diretor do Centro Gamaleya, Aleksandr Gintsburg, disse que a combinação entre a Sputnik V e a “vacina de Oxford” tem o potencial de gerar imunidade contra o coronavírus SARS-CoV-2 por ao menos dois anos.