Nesta quarta-feira (2), o senador Joe Biden, candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, esteve na cidade de Kenosha, estado de Wisconsin, epicentro da nova onda de protestos antirrascistas no país, devido a um episódio ocorrido em 23 de agosto, quando dois policiais atacaram o cidadão negro Jacob Blake com sete tiros pelas costas.
Em sua visita, Biden se encontrou com a família de Blake, que se encontra internado desde então – que tem melhorado seu estado desde então, mas ainda corre risco de vida, e já sofreu a perda do movimento das pernas, segundo os médicos. O candidato expressou seu compromisso de realizar uma reforma nos departamentos de polícia em todo o país, e mudar protocolos considerados racistas pelos movimentos em defesa dos direitos civis da comunidade negra.
A passagem de Biden por Kenosha ocorre exatos dois dias depois da realizada por seu adversário neste pleito, o presidente Donald Trump, representante do Partido Republicano.
Diferente do democrata, o candidato à reeleição não teve a preocupação sequer de mencionar o caso de Blake, e menos ainda de se reunir com sua família. No entanto, se referiu às manifestações posteriores ao caso, e inclusive chegou a expressar seu apoio ao adolescente Kyle Rittenhouse, um militante de movimentos de extrema-direita que atirou e matou dois manifestantes antifascistas no fim de semana, sendo preso posteriormente – o jovem alega que cometeu o crime para defender a propriedade privada dos comerciantes de Kenosha, argumento que foi aplaudido pelo presidente.
As eleições nos Estados Unidos acontecerão no dia 3 de novembro deste 2020.