Uma milícia branca de extrema-direita fortemente armada foi flagrada aterrorizando a população nas ruas de Louisville, nos Estados Unidos. A cidade no estado do Kentucky voltou a ter novos protestos contra o racismo depois que o procurador-geral anunciou a decisão do grande júri de indiciar apenas um dos três policiais envolvidos na morte da jovem negra Breonna Taylor.
Imagens dos indivíduos vestidos com calças cáqui, capacetes e coletes à prova de balas com rifles de alto calibre nas mãos foram publicadas nas redes sociais. Alguns utilizam um boné da campanha do presidente Donald Trump. Em uma delas, um dos integrantes da milícia ameaça a pessoa que está filmando.
O grupo seria formado por integrantes do National Patriotic Defense Team (Equipe de Defesa Patriótica Nacional), organização de extrema-direita baseada no Kentucky e que a apoia o presidente para as eleições de novembro, segundo jornais locais.
A presença de milícias brancas armadas nos protestos no Kentucky é semelhante aos grupos vistos recentemente nas manifestações após a morte de Jacob Blake, em Kenosha, Wisconsin. Em Kenosha, Kyle Rittenhouse, branco e apoiador de Trump, atirou contra manifestantes antirracismo e matou duas pessoas.
Entenda o caso
A enfermeira Breonna Taylor foi morta a tiros em sua casa em Louisville em 13 de março, quando policiais da divisão de narcóticos invadiram a sua casa pouco depois da meia-noite usando um mandado de prisão preventiva controverso.
Nenhuma droga foi encontrada e Taylor não tinha ficha criminal, mas ela foi atingida por múltiplos disparos da polícia. Os agentes agiram com base em um tipo polêmico de mandado de busca - conhecido como mandado "no-knock" - que permite que a polícia entre na casa sem aviso.
Taylor estava na cama com seu namorado Kenneth Walker, um proprietário de arma licenciado, de acordo com sua família. Ao ouvir a invasão, ele acreditou que bandidos estavam tentando arrombar o apartamento e chegou a fazer um disparo contra a polícia.