TikTok admite ter excluído vídeos LGBT a pedido do governo da Rússia

Perguntado no Parlamento britânico se obedece leis de “regimes homofóbicos”, executivo da plataforma disse que “precisa cumprir solicitações” dos países em que opera

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A rede social TikTok excluiu centenas de vídeos feitos na Rússia a pedido do governo russo desde o início de 2020. A informação foi confirmada por Theo Bertram, diretor de relações governamentais e políticas públicas para a Europa da plataforma de vídeos curtos, em audiência do comitê digital e de mídia do Parlamento do Reino Unido.

“Acho que a lei russa é terrível e nossa comunidade também, e eles expressam isso fortemente na plataforma”, disse Bertram, ao ser perguntado por legisladores britânicos se a moderação no TikTok obedece leis de regimes “homofóbicos e regressivos”.

“Mas, infelizmente, temos que cumprir as solicitações legais no país em que operamos”, admitiu o executivo.

O aplicativo de propriedade chinesa removeu ou restringiu cerca de 700 vídeos em todo o mundo após solicitações de governos entre 1º de janeiro e 30 de junho, de acordo com seu último relatório de transparência publicado esta semana.

Quase 300 peças de conteúdo foram retiradas ou restringidas a pedido do governo russo. O relatório de transparência não especifica quais tipos de conteúdo foram restritos, mas os próprio usuários tem manifestado nas redes sociais uma maioria de conteúdo LGBT entre os materiais deletados.

Um representante do TikTok na Rússia negou que a plataforma retirou conteúdo LGBT a pedido do governo, dizendo que os vídeos excluídos e restritos "não têm nada a ver com pessoas LGBT".

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