O discurso do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) foi transmitido nesta quarta-feira (23). Assim como todos os demais chefes de estado, ele gravou sua mensagem em Caracas, para que fosse transmitida na sede do organismo, em Nova York, respeitando o protocolo excepcional devido à pandemia do coronavírus.
Entre os destaques do discurso estão, sobretudo, o repúdio da Venezuela à política de bloqueios adotada pelos Estados Unidos, especialmente (claro) o aplicado justamente contra a Venezuela que ele governa – embora também tenha criticado medidas os bloqueios contra Irã e Cuba, e as sanções econômicas contra Rússia, China e outros países.
“Os EUA deixaram de assumir uma posição de colaboração (com a comunidade internacional) e passaram a ter um governo intransigente e distante com diplomacia errática, que despreza o multilateralismo ou qualquer tipo de regra global existente”, comentou o venezuelano.
Em seguida, falou sobre as ameaças estadunidenses de um conflito em seu país, dizendo que a Venezuela “está sob constante ataque dos Estados Unidos, do ponto de vista político, midiático e econômico. Fomos ameaçados com invasões militares diretas, mas nosso povo resiste heroicamente”.
Contudo, Maduro afirmou que “A Venezuela não busca a guerra, somos um povo de paz”, mas considera que “o povo sabe que há uma guerra a ser enfrentada, para derrotar o bloqueio econômico dos Estados Unidos contra o nosso país”.
Finalmente, o presidente venezuelano assegurou estar “comprometido a promover os direitos humanos e as liberdades das pessoas”, e convidou organismos internacionais a observarem as eleições legislativas do país, que acontecerão no mês de dezembro.