O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou seu discurso na abertura da 75ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (22) para atacar a China e fazer campanha, destacando "sucessos" de sua gestão. O republicano tenta a reeleição em novembro.
Já na segunda frase de sua fala Trump se referiu ao coronavírus como "vírus chinês" e e acusou a China de ter “lançado esta praga no mundo”.
“Nos primeiros dias do vírus, a China proibiu as viagens domésticas, enquanto permitiu que voos deixassem a China e infectassem o mundo. A China criticou a minha proibição de viagens para o seu país, enquanto cancelavam voos domésticos e fechavam os seus cidadãos em casa”, disse o presidente, reciclando acusações que já fez em outros momentos da pandemia.
Trump também atacou a Organização Mundial de Saúde, afirmando, novamente, que a entidade deu direcionamentos errados no início da pandemia e "é virtualmente controlada pela China". "A ONU precisa responsabilizar a China", completou Trump.
O presidente, então, passou a atacar o país asiático em outras áreas, em particular, taxas e negociações comerciais. Trump acusou a China até de poluir "mais do que qualquer outro país do mundo".
No entanto, embora seja o tema da edição deste ano da Assembleia Geral, Trump criticou iniciativas para reduzir a mudança climática e diminuir a emissão de CO2. "Essas medidas apenas perseguem os interesses americanos", disse o presidente, indicando terrorismo e questões econômicas como os problemas prioritários para serem discutidos na ONU.
Trump também elencou o que seriam, na sua visão, os sucessos de sua política externa e da sua gestão da crise do coronavírus no país. Com 200 mil mortos e quase 8 milhões de infectados nos EUA, o presidente elogiou suas medidas de controle e fez promessas de distribuição em massa de uma vacina, com prazos que já foram considerados exageradamente otimistas por especialistas.