China e Rússia reclamam de provocações dos EUA e ameaçam com retaliações

Moscou acusa OTAN por “maior presença de tropas no Mar Negro”, enquanto Pequim reclama da presença de autoridades estadunidenses em Taiwan, e responde: “quem brinca com fogo pode acabar se queimando”

China, Rússia e Estados Unidos no tabuleiro da geopolítica (foto: RT)
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O tabuleiro geopolítico ficou um pouco mais tenso nesta sexta-feira (18), dia em que dois cenários de conflito tiveram novidades, envolvendo as três principais potências militares do mundo.

No Mar Negro, teria havido um aumento da presença de aviões e até de navios da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), ou ao menos é o que assegura o governo da Rússia, em comunicado difundido nesta sexta, pelo seu Ministério da Defesa.

O general Sergei Rudskoi, chefe do Departamento de Operações do Estado Maior, afirmou ao portal Sputnik News que “os registros indican que identificamos 33% mais de atividade de aeronaves da OTAN, em comparação com o mesmo período (janeiro-agosto) do ano passado, e também verificamos que até 40% delas traziam armas de precisão e longo alcance”.

O líder militar russo também denunciou a presença do destroyer USS Franklin Roosevelt no Mar Negro. A embarcação é capaz de transportar até 90 mísseis Tomahawk. “Toda a responsabilidade por uma possível escalada de conflito na região será dos Estados Unidos y e seus aliados da OTAN”, avisou Rudskoi.

Taiwan

Alguns milhares de quilômetros dali, na ilha de Taiwan, o acontecimento da semana não foi apenas a maior presença de frotas estadunidenses na zona – que já vinham se fazendo nota há algumas semanas –, e sim a visita de um subsecretário enviado pela Casa Branca.

Se trata de Keith Krach, subsecretário de Energia, Meio Ambiente e Crescimento Econômico dos Estados Unidos, que aterrissou na ilha nesta quinta-feira (17), para uma visita de dois dias.

A China considera Taiwan como seu território, e por isso rechaça qualquer visita de representantes estrangeiros à ilha, ainda mais sem o consentimento do seu governo continental.

Em resposta, o Ministério de Defesa da China anunciou que realizará exercícios militares na região marítima próxima à ilha.

“Se trata de uma operação legítima e necessária para garantir a soberania e a integridade territorial da China, e realizada em resposta à situação atual no Estreito de Taiwan”, justificou Ren Guoqiang, porta-voz do Ministério da Defesa.

Em seguida, o representante chinês deixou uma mensagem muito mais ameaçadora. “Aqueles que brincam com fogo vão acabar se queimando”.

“Não vamos tolerar nenhuma interferência estrangeira”, insistiu Guoqiang.

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