A onda de indignação contra estátuas e monumentos que representam o período colonial finalmente chegou na América do Sul, com um caso reportado na cidade colombiana de Popayán, no Centro-Oeste daquele país.
Nesta quarta-feira (16), um grupo de dezenas de indígenas pertencentes à tribo Misak realizaram um protesto em uma praça da cidade, o qual foi concluído com a derrubada e posterior destruição de uma estátua do navegador espanhol Sebastián de Belalcázar.
A manifestação causou indignação do prefeito de Popayán, Juan Carlos López, que classificou o ato como “uma mostra de vandalismo contra um símbolo da cidade que tinha caráter multicultural” e prometeu que irá restaurar o monumento.
Por sua parte, os indígenas Misak justificaram sua ação dizendo “a derrubada aconteceu em repúdio à violência que os povos indígenas enfrentaram historicamente durante a colonização”, segundo um porta-voz dessa comunidade, em entrevista para o jornal El Tiempo.
Ações como esta têm sido mais comuns em outras latitudes, especialmente nos Estados Unidos e na Europa, onde há diversos movimentos sociais se organizando para mostrar sua indignação contra o que consideram símbolos do colonialismo e da escravidão em seus países.
Não é uma casualidade o fato de que essa tendência foi despertada pelo assassinato de George Floyd, em maio deste ano, após mais uma ação abusiva da política estadunidense contra um homem negro. O caso aconteceu na cidade de Minneapolis, no norte dos Estados Unidos.