Nesta semana, Rússia e Estados Unidos anunciaram projetos de exploração do nosso vizinho mais próximo. Na terça-feira (15), a agência russa Roscosmos falou sobre uma missão “exclusivamente russa” para o planeta.
Já nesta quarta (16), os Estados Unidos rebateram dobrando a aposta: a NASA (sigla em inglês da Agência Espacial estadunidense) revelou que trabalha em dois projetos para enviar sondas de exploração a Vênus, e que ambos estariam integrados ao programa Discovery.
No entanto, nenhuma dessas iniciativas terá sucesso de forma fácil. Vênus é o segundo planeta mais próximo do Sol, e sua temperatura média supera os 400 graus celsius. Ou seja, seu calor é suficiente para derreter até os metais mais resistentes da Terra, o que tornaria muito difícil a exploração, mesmo através de sondas.
O interesse súbito por Vênus se deve a um estudo recente publicado pela revista Nature Astronomy, realizado por pesquisadores britânicos, japoneses e estadunidenses, revelou a descoberta do composto químico fosfina, um tipo de gás que é encontrado na Terra apenas através da sua produção por micróbios de ambientes anaeróbicos (sem oxigênio).
Na época da Guerra Fria, estadunidenses e russos (naquele então integrantes da União Soviética) também protagonizaram uma disputa pela primazia das glórias espaciais, na que ficou conhecida como “Corrida Espacial”.
Os soviéticos venceram a maioria dessas disputas: levou o primeiro satélite artificial para fora do planeta (Sputnik-1, em 1957), o primeiro ser vivo terrestre (a cadela Laika, também em 1957) e o primeiro ser humano (Yuri Gagarin, em 1961).
A resposta estadunidense veio em 1969, com a primeira espaçonave a aterrissar na Lua: a Apollo-11, comandada por Neil Armstrong.