A transnacional de cosméticos Unilever e uma rede de farmácias, pertencente ao grupo Clicks, foram alvos de protestos na África do Sul após divulgarem um comercial em que os cabelos de duas mulheres negras são classificados como sendo "seco e danificado" e "crespo e opaco", enquanto que o cabelo das mulheres brancas é rotulado como "cabelo fino e liso" e "cabelo normal".
Após a veiculação da peça, apoiadores do partido de esquerda radical Economic Freedom Fighters (EFF), terceira maior legenda da oposição, com 44 assentos na Assembleia Nacional da África do Sul promoveram protestos e quebraram mais de 40 farmácias em cinco províncias do país.
O EFF exigiu o encerramento total das operações do grupo farmacêutico no país. O porta-voz do partido, Vuyani Pambo, divulgou comunicado mandando a Unilever retirar todos os produtos das prateleiras no país por 10 dias.
"A Unilever expressou remorso a todos os sul-africanos, em particular às mulheres negras, pela imagem racista da TRESemmé SA e vai retirar os produtos TRESemmé SA de todas as lojas de retalho por um período de 10 dias como demonstração do seu remorso pela imagem ofensiva e racista"