Uma reportagem da revista britânica Public Health Nutrition (ligada à Universidade de Cambridge), revelou que a Coca-Cola pagou 1,5 milhão de dólares por um estudo científico que minimizava a relação entre os refrigerantes e a obesidade.
A matéria apresenta e-mails enviados pela empresa a duas universidades nos Estados Unidos, pertencentes à GEBN (sigla em inglês da Rede Global de Balanceamento de Energia), entidade do país norte-americano dedicada a estudos sobre a obesidade.
As casas de estudos mencionadas são a Universidade da Virgínia Ocidental e a Universidade do Colorado. Juntas, elas teriam recebido um total de 1,5 milhão de dólares, em meados de 2015, para produzir um estudo que concluiu que o principal motivo da obesidade na população estadunidense é a falta de exercícios físicos, e que indicou que o consumo de bebidas gaseificadas não teria tanta relevância.
A reportagem também mostra que as duas universidades realmente produziram um estudo nesse sentido, publicado em dezembro de 2016, cujas conclusões foram exatamente as esperadas pela empresa de refrigerantes.
“A Coca-Cola procurou obscurecer seu relacionamento com os pesquisadores. Assim, pode usar o trabalho desses cientistas para promover mensagens de uma indústria ligada a um estilo de vida saudável”, conclui a matéria.