Neste último domingo (16), atendendo a um chamado nas redes sociais, milhares de negacionistas, militantes "anti-vacina" e teoristas da conspiração lotaram a Plaza Colón, no centro de Madri, na Espanha, para protestar contra as medidas de isolamento social, o uso de máscaras e, mesmo, para negar a existência do vírus.
“O vírus não existe”, estava grafado em um cartaz. Outro dizia: “o sistema controla através do medo, a imprensa manipula. Desperte!”. Pilar Martín, uma senhora de 58 anos, de ???????Zaragoza, viajou até a capital para se imiscuir na multidão: "Eles estão nos forçando a usar uma máscara e querem que fiquemos em casa praticamente trancados. É tudo mentira", disse à AFP.
A grande maioria dos manifestantes não usava máscaras, ou as usavam no queixo. O uso de máscaras em locais públicos é obrigatório em toda a Espanha. O país enfrenta um crescimento no número de contágios desde o afrouxamento das regras de isolamento social.
O protesto aconteceu logo depois que o governo anunciou medidas severas de precaução, como o fechamento de bares e a proibição de fumar em locais públicos.
Além dos cartazes cheios de palavras de ordem, não faltaram referências ao documentário amalucado chamado Plandemic, retirado do Youtube e do Facebook por razões óbvias. O filme afirma, entre outras barbaridades, que o uso de máscaras é danoso à saúde.
Os organizadores do evento previam um milhão de pessoas, porém, números do governo mostram que, na praça, só estiveram presentes entre 2.500 e 3.000 manifestantes. Entre os gritos em coro, havia um que dizia: “queremos ver o vírus!".
A poeta e fotógrafa Ouka Lee falou ao jornal espanhol El Pais que “para estarmos saudáveis, é preciso viver, não podemos andar pelas ruas usando máscaras como zumbis”.
Veja o vídeo:
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