Em Honduras, um policial utilizou uma bomba de gás lacrimogêneo para obrigar os passageiros de um ônibus a descer. A agressão aconteceu nesta quinta-feira (13), em um caminho intermunicipal entre San Pedro Sula e Choloma, na região noroeste do país.
O conflito teria acontecido pela manhã, quando um ônibus transportava trabalhadores de San Pedro Sula até uma fábrica em Choloma. Uma equipe de policial interceptou o veículo devido a uma suposta irregularidade, e obrigou o motorista e os trabalhadores a descer para averiguações, mas estes se negaram a fazê-lo.
Esto paso hoy en un bus de Jerzees hoy trabajadores se dirigian a la maquila. Total abuso de autoridad, esto sucede en un país militarizado dónde se le da poder a los entes de "seguridad" que hagan lo que quieran con el pueblo. @CONADEH @defencofadeh @baraudawaguchu @Edy_Tabora pic.twitter.com/nX2KByeCHc
— Heraclio Miranda (@Heraclio_Mlzo) August 13, 2020
Neste vídeo, é possível ver o policial ameaçando jogar uma bomba de gás caso as ordens não sejam acatadas. Os passageiros não se deixaram levar pela ameaça, mas ele cumpriu a promessa.
No vídeo seguinte, gravado por um motoqueiro do lado de fora do ônibus, é possível ver dezenas de passageiros saindo desesperadamente do veículo. Alguns se ajoelham, outros tentam se afastar para recuperar a respiração. Pessoas em veículos parados no engarrafamento que se formou perto do ônibus também foram afetadas pela fumaça.
Pobre mi pueblo@CONADEH @ONUHN @ONUDDHH @Edy_Tabora @baraudawaguchu @MiltonBeniteztv @SEguigurems @HondurasRosales @WilfredoMendezG pic.twitter.com/NKV1qKIRZy
— Heraclio Miranda (@Heraclio_Mlzo) August 13, 2020
Os policiais que protagonizaram a agressão são ligados à DNVT (Direção Nacional de Estradas e Transportes de Honduras). Após a repercussão do vídeo nas redes sociais, a Polícia Nacional de Honduras, entidade que controla o DNVT, emitiu um comunicado no qual informava que os agentes estavam realizando tarefas de supervisão e controle para cumprimento das medidas de biossegurança relativos à pandemia do novo coronavírus.
No entanto, o órgão também reconheceu que os policiais de Choloma “aplicaram um procedimento policial inadequado” e asseguraram que será realizada uma investigação do caso, e que os policiais envolvidos permanecerão temporariamente suspensos.