No último sábado (8), um grupo ultranacionalista português chamado Resistência Nacional realizou um ato em frente à sede do movimento SOS Racismo, uma das mais conhecidas organizações do país ligada à luta antirracista e contra a xenofobia.
O protesto, segundo os organizadores, tinha como objetivo “homenagear os policiais mortos em serviço”, e criticar o que chamam de “racismo antinacional” – um conceito parecido com o racismo reverso, eles alegam que sofrem preconceito por serem ultranacionalistas.
Mamadou Ba, um dos líderes do SOS Racismo, comentou sobre o ato do fim de semana, dizendo que “fazer uma manifestação no espaço público em que assumem uma posição política contra o antirracismo já seria inaceitável em uma democracia, mas ele foram além, e o fizeram em frente à nossa sede, como provocação, e anunciando que nos escolheram como alvo a abater, com ameaças de morte, máscaras, tochas e até uma parada militar. Ao estilo Ku Klux Klan, ultrapassando todos os limites do confronto ideológico”.
Ba também assegurou que a organização apresentará uma denuncia por ameaças ao Ministério Público de Portugal.
Esta não é a primeira ação do grupo extremista na sede da SOS Racismo. Em meados de julho, a fachada do edifício foi vandalizada com tinta – escreveram a frase “guerra aos inimigos da minha terra”.
O movimento Resistência Nacional é mais um que tenta promover os valores da extrema direita na Europa. Suas publicações e vídeos nas redes sociais apresentam conteúdos que promovem ideias como o anticomunismo, defesa dos “valores europeus”, exaltação da ordem e do respeito às forças de segurança, entre outras.