Os principais credores da Argentina confirmaram nesta terça-feira (28) sua rejeição à reestruturação da dívida projetada pelo governo argentino e enviaram uma carta ao ministro da Economia do país sul-americano, Martín Guzmán, para informá-lo que eles se uniram para negociar uma contraproposta.
No entanto, o presidente argentino, Alberto Fernández, já avisou não haverá mudanças na última oferta que o país fez, que conta com o apoio de diversas entidades internacionais, incluindo o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Um dos pontos mais relevantes da carta é que os signatários garantem que, juntos, totalizam mais da metade dos títulos da dívida argentina, o que permite a eles bloquear qualquer tipo de acordo, caso um setor minoritário de credores aceite a proposta do governo de Fernández.
O próximo passo, segundo o próprio comunicado, seria um julgamento em tribunais internacionais contra a Argentina, por descumprir os pagamentos.
No início de julho, a Argentina anunciou uma proposta para pagar 34 dos 66 bilhões de dólares em dívidas deixados pelo governo de Mauricio Macri.
Segundo o presidente Alberto Fernández, o país não tem condições de ceder mais em sua proposta. “Não podemos nos comprometer com algo que não teremos como cumprir”.