Dados divulgados nesta segunda-feira (27) pela Oxfam, Organização Não Governamental (ONG) que atua na redução da desigualdade e da pobreza, o patrimônio de 42 bilionários brasileiros cresceu 34 bilhões de dólares - algo em torno de R$ 177 bilhões - durante a pandemia do coronavírus.
No total, o seleto grupo dos mais ricos do Brasil acumula uma fortuna de 157,1 bilhões de dólares, segundo a ONG - cerca de R$ 820 bilhões.
Em termos comparativos, entre 10 de fevereiro e 15 de julho foram editadas pelo governo 30 Medidas Provisórias para a abertura de créditos extraordinários, no valor total de pouco mais de R$ 509 bilhões durante a pandemia. No entanto, foram investidos desse montante cerca R$ 282 bilhões.
América Latina e Caribe
Novo epicentro da crise do coronavírus, que tem efeitos devastadores sobre a economia, a América Latina e o Caribe soma ao todo 73 bilionários, que aumentaram suas riquezes em 48,2 bilhões de dólares entre março e meados de julho.
Os US$ 48,2 bilhões a mais registrados no período representam mais de um terço (38%) do total dos pacotes de estímulo de todos os países da América Latina e do Caribe, destaca a Oxfam. O montante equivale, ainda, a nove vezes os empréstimos de urgência do Fundo Monetário Internacional (FMI) à região até o momento, segundo a ONG.
Desde o começo das medidas de quarentena para conter o avanço da covid-19, oito novos bilionários surgiram na região — ou seja, um novo bilionário a cada duas semanas, destaca a Oxfam. Em contraste, afirma a entidade, estima-se que até 52 milhões de pessoas na América latina e Caribe passarão a ser pobres com a crise, e 40 milhões devem perder seus empregos.