Um estudo publicado nesta segunda-feira (20) na "Nature Climate Change" avalia que os ursos polares devem estar próximos à extinção em 2100, devido às mudanças climáticas. As pesquisas sugerem que a extinção pode ser adiada, mas é inevitável.
Os pesquisadores explicam que os ursos dependem de blocos de gelo para capturar animais marinhos para se alimentarem, mas tais estruturas vêm sendo comprometidas pelo aquecimento global. Segundo o estudo, espera-se que a espécie seja reduzida "enquanto o aquecimento global e a perda de blocos de gelo marítimos continuem".
De acordo com os cientistas, não é possível calcular quando cada subpopulação começará a declinar, mas o estudo estima a natureza, tempo e poder de cada impacto demográfico.
Os pesquisadores afirmam, ainda, que a alta emissão de gases estufa, junto a fatores de declínio da reprodução e sobrevivência dos ursos, "vai prejudicar a persistência de quase todas as subpopulações do alto Ártico até 2100".
Segundo os cientistas, "emissões moderadas podem prolongar a persistência, mas é improvável que previnam a extinção de algumas subpopulações ainda neste século".