O Ministério das Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela expressou, em comunicado publicado nesta quinta-feira (16), seu repúdio à entrada do navio de guerra estadunidense USS Pinckney em águas jurisdicionais do país sul-americano.
No comunicado oficial, se informa que o navio (um destroyer da classe Arleigh Burke pertencente ao Comando Sul da Marinha dos Estados Unidos) navegou nesta quarta-feira (15) em águas da zona contígua a 16,1 milhas náuticas da costa venezuelana, sem autorização prévia e nem mesmo uma solicitação nesse sentido, por parte da embarcação estadunidense.
Esta é a segunda situação desse tipo que ocorre em menos de um mês, depois de uma invasão similar cometida pelo navio USS Nitze, no dia 23 de junho.
“As instituições da República Bolivariana da Venezuela, e especialmente as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB), farão cumprir a soberania sagrada do país e a integridade territorial a todo custo, de acordo com o direito internacional, contemplando todas as ações que considerar necessárias, sem caem em provocações absurdas que buscam afetar a paz e a tranquilidade dos venezuelanos e dos povos da América Latina e do Caribe”, afirma a declaração venezuelana.
A declaração também classifica a entrada do navio estadunidense como “um ato de provocação errático e infantil, e que violou o direito marítimo internacional”.
Outra questão destacada pelo governo da Venezuela é a contradição do relato estadunidense sobre sua atividade recente no Mar do Caribe, já que antes da invasão do USS Pinckney, o Comando Sul justificou a ação com a acusação de que o governo de Nicolás Maduro teria imposto um “controle excessivo” sobre suas águas jurisdicionais.