Aconteceu no dia 6 de julho. Andrew Marckesano, ex-sargento do exército dos Estados Unidos, veterano de guerra com passagem pelo Iraque e pelo Afeganistão, saiu de um jantar em Washington com seus ex-comandantes, voltou para casa, na qual se encontrou com sua mulher. Ao entrar, em frente à esposa, e quando seus três filhos estavam dormindo, o militar disparou contra si mesmo e cometeu suicídio.
A notícia veio à tona nos Estados Unidos apenas no fim de semana, com os meios de comunicação destacando a história do sargento, que era conhecido no exército como “Capitão América”, por ter passado mais de 10 anos no Oriente Médio, enfrentando e sobrevivendo a algumas das batalhas mais sangrentas, especialmente no Afeganistão.
As experiências da guerra teriam traumatizado Marckesano, e seriam a razão do seu suicídio, segundo a hipótese que está sendo planteada até o momento. No Afeganistão, em 2009, o então sargento teria formado parte do Batalhão 2-508, um dos que sofreram o maior número de baixas durante a guerra, muitas das quais ele teria presenciado.
Marceksano também tinha recebido recentemente a condecoração da Estrela de Prata, como reconhecimento de sua bravura em combate. A medalha foi entregue poucos dias depois de sua mudança para a capital estadunidense, onde passaria a trabalhar no setor administrativo do Pentágono.
O caso não se trata de um evento isolado no país. Por exemplo, segundo números do Departamento de Veteranos do mesmo Pentágono, os Estados Unidos registraram uma média de 20 suicídios de veteranos de guerra por dia, durante o ano de 2019.