O cineasta estadunidense Spike Lee, um dos mais aptos a falar sobre o racismo nos Estados Unidos, pelo conteúdo da sua obra, comentou o Caso George Floyd e as recentes manifestações em seu país, em entrevista à BBC, publicada nesta quinta-feira (4).
Segundo o diretor, “o racismo existe em todo o mundo. Essa já era uma pandemia global antes do coronavírus. Sou uma pessoa muito espiritual e não acho coincidência que essas duas coisas estejam acontecendo ao mesmo tempo”.
Em outra declaração, Lee defendeu os manifestos contra o assassinato de Floyd que vêm acontecendo diariamente nos Estados Unidos, desde a semana passada. “Os negros e mestiços estão zangados com a disparidade entre quem tem e quem não tem: educação, água, racismo. As pessoas estão com raiva por isso, elas não nasceram com raiva, mas ficaram assim porque entenderam que vivem neste mundo, com um sistema que não está feito para que elas possam ganhar”, comentou.
Sobre o presidente estadunidense, Donald Trump, Spike Lee disse que “ele age como um gangster, pela forma como abusa do seu poder contra os manifestantes pacíficos, usando gás lacrimogêneo e balas de borracha, e depois resolve caminhar com uma bíblia na mão, pela rua que foi esvaziada na base da repressão. Isso é ridículo”.