A ONU (Organização das Nações Unidas) se manifestou a respeito da repressão das forças de segurança dos Estados Unidos contra os protestos ocorridos no país após o assassinato de George Floyd por parte de agentes da polícia de Minneapolis.
A posição da entidade foi expressada através da Alta Comissária de Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet, que emitiu declaração nesta quarta-feira (3) condenando o uso da força contra as manifestações.
“As vozes que pedem o fim dos assassinatos de afro-americanos desarmados devem ser escutadas. As vozes que pedem o fim da violência policial devem ser escutadas. As vozes que pedem o fim do racismo estrutural que assola a sociedade estadunidense devem ser escutadas”, disse Bachelet.
A alta comissária também mencionou o recebimento de “informes confiáveis, com registros visuais mostrando que houve uso desproporcional e não necessário da força por agentes da ordem público (durante as manifestações), incluindo bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, spray de pimenta e ataques violentos contra manifestantes e jornalistas que não representavam ameaça iminente”.
Bachelet, que já teve dois mandatos como presidenta do Chile (o primeiro entre 2006 e 2010, o segundo entre 2014 e 2018), também exigiu que as autoridades norte-americanas tomem medidas para acabar definitivamente com o racismo e com as desigualdades.
Antes de comprar esta briga com Donald Trump, no ano passado, ela se envolveu em uma polêmica com Jair Bolsonaro, ao exigir que o Brasil tomasse medidas para evitar os incêndios na Amazônia, e recebeu como resposta um ataque do presidente brasileiro, que lembrou a morte de seu pai, que foi assassinado em 1974, pela ditadura de Augusto Pinochet.