A ativista Angela Davis esteve presente em um protesto em favor das vidas negras nesta sexta-feira (19), na cidade de Oakland, Califórnia, nos Estados Unidos. Estando no grupo de risco da pandemia de Covid-19, Davis permaneceu de máscara e sempre perto de um carro, mas apareceu e apoiou o movimento.
A ativista é uma das figuras mais simbólicas do movimento negro dos Estados Unidos, e esteve ligada ao movimento das Panteras Negras nos anos 1960 e 70. Davis já havia apoiado os movimentos "Black Lives Matter" e os protestos contra a violência policial remotamente.
Na última sexta (19), foi organizado um protesto no dia conhecido como Juneteenth, que se refere ao fim da escravidão nos Estados Unidos. Centenas de trabalhadores ocuparam o porto de Oakland em protesto contra as agressões policiais e a morte de George Floyd, e em favor das vidas negras.
Na aparição marcante, Angela Davis apoiou os manifestantes e realizou um discurso. "Vocês representam o potencial e o poder do movimento dos trabalhadores", afirmou a ativista, sugerindo que esperava que a união de forças por parte dos trabalhadores organizasse esforços para "abolir a polícia como conhecemos" e "re-imaginar a segurança pública".
Nascida na cidade de Birmingham, no estado do Alabama, quando ainda vigoravam as políticas oficiais de segregação racial, Davis é considerada uma figura símbolo do ativismo negro nos Estados Unidos. A ativista também é professora universitária e autora de importantes estudos e livros sobre raça, classe e gênero.
Após a posse do presidente Donald Trump, Davis também foi uma figura importante nos movimentos de oposição e um dos nomes mais importantes da Marcha das Mulheres, que reuniu mais de 3 milhões de pessoas pelo mundo em oposição aos posicionamentos do republicano.