Na tarde desta terça-feira (16), por volta das 14h50 (hora local), a Coreia do Norte destruiu o edifício onde ficava o escritório de ligação intercoreano, localizado na região industrial norte-coreana de Kaesong, a 10 quilômetros ao norte da zona desmilitarizada entre as duas Coreias.
A ação, segundo um comunicado do governo norte-coreano, difundido pela agência estatal KCNA, teria sido a resposta do país a uma campanha que a Coreia do Sul teria promovido, com folhetos que os vizinhos consideraram como “propaganda anti-Pyongyang”.
Momento de la explosión de la oficina de enlace intercoreana, destruida por Corea del Norte
— RT en Español (@ActualidadRT) June 16, 2020
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Por sua parte, a Coreia do Sul nega tal campanha, disse lamentar a destruição de “um símbolo de reconciliação entre os países” e alegou que seu país tem recebido “ameaças quase diárias” por parte dos norte-coreanos nas últimas semanas.
Tanto a Coreia do Norte quanto a Coreia do Sul aproveitaram o fato para reforçar ameaças de reforço da militarização na região da fronteira entre os dois países.
No caso da Coreia do Sul, o Ministério da Unificação suspendeu todas as suas atividades, e o da Defesa publicou um comunicado dizendo que “haverá uma forte resposta a qualquer possível provocação militar da Coréia do Norte”.
Por parte da Coreia do Norte, a diretora do Departamento de Propaganda, Kim Yo-jong, irmã do presidente Kim Jong-un, disse que seu país “já está preparado para a próxima ação, caso a Coreia do Sul insista com sua campanha de difamação”.
“Exercendo meu poder autorizado pelo líder supremo (Jong-un), dei uma instrução ao nosso Exército para atuar em função do objetivo de apaziguar a ira da nossa população contra esses ataques (a propaganda sul-coreana)”, disse Yo-jong, também se referindo ao fato de que seu irmão entregou a ela a administração do país, enquanto está afastado, supostamente por questões de saúde.