Nesta quinta-feira (11), o The Tonight Show, um dos programas de entrevistas de maior audiência dos Estados Unidos, exibiu uma conversa em videoconferência do apresentador Jimmy Fallon com o ator Robert de Niro, conhecido por ser uma das figuras de Hollywood que não esconde seus posicionamentos políticos, e não foi diferente desta vez.
De Niro também é constante em suas críticas ao atual presidente estadunidense, Donald Trump, e nesta entrevista, ele comentou os dois maiores problemas que esta administração tem mostrado recentemente: sua incapacidade de lidar com a pandemia do coronavírus, e sua reação também errática após o assassinato de George Floyd por parte de agentes policiais da cidade de Minneapolis.
Ao fazer um balanço de ambas as situações, De Niro disse que “tudo isso poderia ter sido evitado se Trump tivesse ouvido a comunidade de Inteligência. (No caso da pandemia), eles disseram que algo estava por vir. O que me assusta é que as pessoas tinham medo de dizer a verdade. Se você diz a verdade e ele fica bravo, pode te demitir, então o que é isso? Ele é louco”.
“É como ter um parente louco. Você evita discutir com parentes loucos, porque eles ficarão mais loucos. Mas o problema agora é que um deles está liderando o país!”, resumiu o ator, conhecido por protagonizar clássicos do cinema estadunidense, como “Taxi Driver”, “Touro Indomável”, “Tempo de Despertar”, entre outros.
Em seguida, De Niro também disse que aqueles que trabalham se encontram em uma berlinda. “A lealdade (das pessoas que trabalham na Casa Branca) tem que estar com o bem do país, não do presidente. Essa é a loucura de tudo isso. O caos que se desencadeou desde que ele chegou, e até agora”.
Finalmente, o ator também defendeu as manifestações que se realizam no país, e disse que “o país precisa rever os privilégios aos brancos, meus filhos são todos miscigenados, e eu tenho privilégios, mas eles não”. Os seus filhos de De Niro são fruto dos seus três casamentos, todos com atrizes negras: Diahnne Abbot, Toukie Smith e a atual, Grace Hightower.
“Temos que esperar que, dessa revolta toda que se espalhou pelo país, fique o recado de que querem um país onde todos possam ser tratados como iguais”, concluiu o ator.